Ontem à noite, quase pegando no sono, lembrei-me de uma coisa que precisava resolver hoje e, alcançando rapidamente a caneta na mesa de cabeceira, escrevi no dorso da mão, para lembrar ao acordar, a letra C. E dormi tranquilo.
O maldito C está aqui na minha mão, esmaecendo já, logo mais se apagará totalmente, e eu passei o dia inteiro tentando lembrar o que significa esse raio desse C e não consigo. Foi muito pior do que simplesmente esquecer. Porque eu não vou resolver o que devia, e vou ter passado o dia inteiro angustiado porque esqueci de resolvê-lo, e nem sei o que era.
Não é a primeira vez que isso me acontece. Uma vez, por várias noites seguidas, quase pegando no sono, naquele estado confuso entre o sono e a vigília, sobressaltava-me com o mesmo pensamento, uma lembrança de algo que precisava ser feito, e no dia seguinte não me lembrava do que era. Aí levei uma caneta para o lado da cama e, ao se repetir o lampejo, escrevi na mão e dormi. A minha psicanalista ainda não conseguiu me explicar, nem eu sei o que significava, mas no dia seguinte estava escrito na minha mão: "ARANHA"!
impressões sobre literatura, cinema, pintura, teatro, música, futebol, economia, história, política, sociedade, educação, gramática, internet, autores, artistas, leitores, alunos, casamento, ecologia, terrorismo, palavras, palavras, palavras.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Mau atendimento
Na loja de cama, mesa e banho.
— Esses aqui são de pena de ganso.
— Ahn.
— É mais macio que o normal.
— Ahn.
— Um é cinquenta.
— Ahn. Mas... é que eu tenho pena do ganso...
— O travesseiro também.
— Esses aqui são de pena de ganso.
— Ahn.
— É mais macio que o normal.
— Ahn.
— Um é cinquenta.
— Ahn. Mas... é que eu tenho pena do ganso...
— O travesseiro também.
Quiosque, na beira da praia. O negão de costas para o balcão, partindo um coco.
— Moço, esse coco aqui tinha muito pouca água. Dei dois goles e acabou.
E o negão, sem se virar, dando com a faca no coco:
— Reclame com Deus.
— Moço, esse coco aqui tinha muito pouca água. Dei dois goles e acabou.
E o negão, sem se virar, dando com a faca no coco:
— Reclame com Deus.
No Pelourinho:
— Quanto é o acarajé, minha tia?
— É três.
— Três? Mas lá na Cidade Baixa tava dois.
E a baiana, apontando com o nariz:
— Vá lá.
— Quanto é o acarajé, minha tia?
— É três.
— Três? Mas lá na Cidade Baixa tava dois.
E a baiana, apontando com o nariz:
— Vá lá.
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