Que não restem dúvidas: Rodrigo de Lemos não sairá da minha lista de bons blogues. Entra lá e lê tudo, vai.
Estou terminando de ler "Sábado", de Ian McEwan. Quando terminar, comento. Por ora, fiquem com um aperitivo, uma reflexão valiosa sobre a poesia, por um personagem materialista e pragmático que só começou a ler poesia depois que a filha se tornou poetisa:
Belo, belo, belo.
"Mas isso lhe custou um esforço de um tipo a que não estava habituado. Mesmo um primeiro verso pode provocar um enrijecimento por trás dos olhos. Romances e filmes, por serem agitadamente modernos, impelem a gente para a frente ou para trás no tempo, ao longo dos dias, dos anos ou até das gerações. Mas, para apresentar suas observações e seus juízos, a poesia se equilibra na ponta de alfinete de um instante. Retardar o ritmo, parar completamente, para ler e compreender um poema é o mesmo que tentar adquirir uma habilidade arcaica, como erguer uma muralha de pedras ou hipnotizar trutas para pescá-las."
Belo, belo, belo.
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